segunda-feira, 13 de julho de 2009

Polícia do Pará pode ter destruído documentos do Araguaia


O governo do Pará suspeita que documentos a Polícia Civil referentes à guerrilha do Araguaia tenham sido queimados há nove anos.
Os papéis, alusivos à repressão aos guerrilheiros, como atestados de conduta e de vida e residência emitidos por delegacias a moradores da região, desapareceram do Arquivo Central da polícia, em Belém, segundo informou o jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira.
Os documentos eram certidões que permitiam que os cidadãos-posseiros circulassem entre as localidades. Quando parados por militares, eles tinham que mostrar os documentos, sob risco de prisão.
De acordo com o vice-presidente da Associação dos Torturados da Guerrilha do Araguaia, Sezostrys da Costa, os papéis eram importantes para se comprovar que os moradores do Araguaia viveram uma espécie de estado de sítio e toque de recolher, com a proibição pelo Exército de as pessoas circularem livremente.
Uma instrução normativa assinada em janeiro de 2000 pelo delegado-geral de Polícia Civil, João Nazareno Nascimento Moraes, na gestão do governador Almir Gabriel (PSDB), pode ter aberto caminho para a possível destruição

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