terça-feira, 14 de julho de 2009

aumenta número de cesáreas entre as mulhers.


Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) indicam que o número de cesáreas entre as mulheres brasileiras que detêm plano de saúde é altíssimo: chega em 82,3%, índice que subiu entre 2007 e 2008, quando o percentual era de 81,3%. Os números vão na contra-mão do que orienta o Ministério da Saúde, que tem realizado inúmeras campanhas de estímulo ao chamado parto normal ou parto vaginal. De acordo com o médico Breno Monteiro, diretor do Sindicato dos Estabelecimentos dos Serviços de Saúde do Pará (Sindesspa), há alguns anos, o Brasil era o campeão mundial em cesáreas, mas que, devido, principalmente, ao forte trabalho desenvolvido pela ANS, esse título saiu das nossas mãos. A mudança, contudo, aconteceu apenas no âmbito do serviço público, pois, na esfera privada, esses índices ainda são elevadíssimos, se levarmos em consideração o que recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 15% de cesáreas. “Em primeiro lugar, é necessária uma regulamentação do governo também para o setor privado. Outra questão é a valorização do profissional médico, que, hoje, ganha a mesma remuneração para fazer os dois tipos de parto, sendo que o parto vaginal demanda uma disponibilidade muito maior por parte dele”, enumera.Para o especialista, é fundamental também um trabalho educativo, para esclarecer alguns mitos em torno do parto vaginal, tido, comumente, como mais dolorido para a mulher. “Tem paciente que até quer fazer o parto normal, mas, quando sente a primeira contratação pede ao médico que opere. E, hoje, em dia, essa questão da dor já está muito mais controlada, com anestesia e analgesia específicas”, observa o médico, acrescentando que a cesárea acaba sendo mais arriscada tanto para a paciente quanto para o bebê, por se tratar de uma intervenção cirúrgica. “A mulher que faz o parto normal, seis horas depois, já está dando piruetas pelo hospital. Mas, aquela que faz a cesárea leva muito mais tempo para se recuperar”, compara. (Da redação com informações Diário do Pará)

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