terça-feira, 16 de junho de 2009

os motivos que levaram trabalhadores em educação a grevarem

A cada ano que passa nós, trabalhadores e trabalhadoras em educação, nos mobilizamos por melhores salários e melhores condições de trabalho. Diante da insensibilidade dos governos muitas vezes temos que recorrer a um instrumento de luta usado por todos os trabalhadores que é a greve. E todas as vezes que fazemos greve temos o apoio da comunidade, pois ela conhece a realidade das escolas onde estudam seus filhos e filhas. Não há material didático de apoio e os prédios estão em péssimo estado, alguns até ameaçados de desabarem sobre a cabeça de alunos e trabalhadores. Mesmo com as truculências do Governo Ana Júlia, que ameaçou cortar o ponto da categoria e entrou com ação na justiça para criminalizar o nosso movimento, não baixamos a cabeça e lutamos durante 39 dias por nossas reivindicações. Por isso, mais uma vez agradecemos o apoio de pais e de alunos que entenderam que essa luta é de todos e que o nosso compromisso é com a escola pública gratuita e de qualidade. Suspendemos a greve, mas não vamos baixar a guarda. Há muito o que fazer. A nossa luta vai continuar. Em relação a reajuste salarial, os percentuais apresentados pelo governo que alinham os vencimentos base ao mínimo continuam os mesmos concedidos aos demais sindicatos do serviço público estadual: 12% para o nível fundamental, 9% para o nível médio e apenas 7,2% para o nível superior. E os aposentados somente receberam o alinhamento ao mínimo. Isto significa dizer que, independente da nossa qualificação, o governo nos paga somente R$ 465,00 como vencimento base. Ou seja, recebemos um salário vergonhoso e bem abaixo do que vem sendo pago aos servidores em educação de outros Estados. Queremos um salário digno, queremos o Plano de Carreira que atenda as nossas necessidades, queremos reformas nas escolas com a participação da comunidade na fiscalização das obras. Reafirmamos o nosso compromisso de repor as aulas para que nossos alunos e alunas não sejam prejudicados e convidamos todos a continuar na luta em defesa de uma ESCOLA PÚBLICA GRATUITA PARA TODOS E EM TODOS OS NÍVEIS, COM QUALIDADE SOCIAL.

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