segunda-feira, 7 de setembro de 2009

MINISTRO DA FAZENDA DISCUTE REFINANCIAMENTO DOS RECURSOS DOS FUNDOS CONSTITUCIONAIS PARA AGRICULTURA FAMILIAR

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, recebe nesta terça-feira, a partir das 10 horas, parlamentares das regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste para discutir o refinanciamento das dívidas contraídas por milhares de agricultores familiares junto aos fundos constitucionais de financiamento do Norte, Nordeste e Centro Oeste.
De acordo com o deputado federal Zé Geraldo (PT-PA), um dos parlamentares envolvidos no processo de negociação, somente o Estado do Pará tem um débito de aproximadamente R$ 40 milhões. “O levantamento total do déficit destes três fundos está sendo concluído pelo ministério para ser apresentado na reunião. Desta forma, durante as negociações, construiremos alternativas visando superar os desafios colocados para a agricultura familiar nestas regiões. O Pará tem 20 mil famílias com déficit, com uma média de R$ 20 mil de financiamento”, detalha o parlamentar.
A atuação do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) envolve os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. No Brasil, os produtores familiares respondem por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros e por 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Segundo o parlamentar, na última negociação sobre os fundos constitucionais houve somente a prorrogação das dívidas por decisão do governo federal.
“Nesta nova fase de negociação, o cenário que está sendo construído com o governo aponta para uma solução que possibilite um rebate de 80% da dívida com o sistema financeiro e a quitação dos 20% restantes junto ao agente financiador. Nós queremos o desenvolvimento de todos os setores produtivos do Brasil. Assim como o Congresso Nacional discute as demandas da bancada ruralista, a agricultura familiar também tem que ser ouvida”, assinala Zé Geraldo.
O parlamentar exemplifica que um trabalhador da agricultura familiar com um déficit R$ 20 mil, haveria o rebate de R$ 16 mil e quitaria os R$ 4 mil restantes com a instituição financeira.

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