domingo, 13 de setembro de 2009

G8 MENTE SOBRE EMISSÕES DE CO2 NO BRASIL.


Os dados sobreemissões de CO2 do Brasil estão superestimados, não correspondem com a realidade, o que serve para suavisar a responsabilidade dos países ricos sobre o aquecimento global. Os defensores da tese do aquecimento apontam o Brasil entre os maiores geradores de CO2 por causa do desmatamento predatório da Floresta Amazônica.
Segundo dados do grupo dos 8 países mais ricos do mundo (G8), o Brasil, devido ao desmatamento, é responsável por mágicos 20% das emissões anuais de CO2 em todo o mundo. Mas a pecha de "vilão carbônico" foi veementemente contestada por Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), durante a realização da 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Manaus.
"Esse número de 20% divulgado pelo G8 é um número 'chutado' que está rodando pelo mundo. E a ciência brasileira até agora não se deu ao trabalho de checar esse dado. Na década de 1990 eram desmatados na Amazônia em média 22 mil quilômetros quadrados, o que representava cerca de 8% das emissões de CO2 do planeta", disse ele na ocasião.
"Se o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento na região de 27 mil quilômetros quadrados, em 2004, para a média atual que é de 12 mil quilômetros quadrados, a Amazônia deve ser responsável atualmente por menos de 5% das emissões globais, logo o G8 deve estar equivocado e ter se baseado em dados fracos."
Para Câmara, os números do G8 são tendenciosos uma vez que, "no que diz respeito a dados sobre emissões de efeito estufa, é importante dividir o prejuízo". "Quanto mais países como o Brasil responderem pelos prejuízos ambientais, menos os países do G8 serão responsáveis. A conta de que 20% das emissões de CO2 do mundo vêm do desmatamento pode não ter base científica", apontou Câmara. (Com informações do site Alerta em Rede)

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