sexta-feira, 27 de maio de 2011

LIGARQUIA “GUERREIRO” AMEAÇADA



“O povo é que nem galinha. É só jogar o milho que eles vem”


Gabriel Guerreiro (PV)


“Quem me desobedeceu politicamente está acabado”

Gabriel Guerreiro (PV)

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Coronelismo é um brasileirismo, usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada (a figura do coronel) sobre o poder público (o Estado), e tendo como carecteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), a fraude e a desorganização dos serviços públicos. Era – e ainda é – representado por lideranças que iam desde o "áspero guerreiro" até o mais letrado, possuindo como "linha-mestra" o controle da população. Como forma de poder político consiste na figura de uma liderança local - o Coronel - que define as escolhas dos eleitores em candidatos por ele indicados.
Os coronéis dos barrancos do sapucuá tem conseguido o voto do eleitor de duas formas: a) por meio da violência: caso o eleitor o traia, votando em outro candidato, pode perder o emprego ou a sua comunidade do interior deixa de receber “ajuda” do prefeito, como combustível para o grupo gerador ou para o transporte escolar; b) pela troca de favores: o coronel oferecia a seus dependentes favores, como uma sacola de alimentos, remédios, segurança, vaga no hospital, dinheiro emprestado, emprego etc.
Cansado de sofrer, o povo começa a mostrar sua insubordinação aos coronéis. As pesquisas de opinião mostram a queda de popularidade do Prefeito Gonzaga III. O coronel Gabriel Guerreiro pousou no final de semana passado na cidade e ordenou temporada de caça aos mais populares, insurretos, “traíras” e qualquer outro que ameace seu status de arrogância e prepotência. O que será de nossa gente, condenada a subserviência política?

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